Entrevista com Adriana Santiago

Conte-nos um pouco da sua formação.

Sou formada em Jornalismo (UNI-BH/1992) e em História (PUC-MINAS/2003). Mas, no momento, não exerço diretamente tais funções. No entanto, o conhecimento nessas áreas é muito útil na minha produção literária. Atualmente tenho um sítio, no qual planto café e tenho algumas cabeças de gado. O sítio fica em Três Pontas, sul de Minas, cidade onde moro.

Quando surgiu a vontade de escrever livros? E quando publicou o primeiro?

Vontade de escrever e publicar livros carrego comigo desde criança. Só vim a publicar o primeiro livro em 2017, quando estava com 48 anos.

Fale-nos dos livros que você lançou.

“Mar Revolto - Poesias e Crônicas”, SP: ed. Scortecci, 2017. Como o próprio nome diz, é um livro de poesias e crônicas e traz poemas e pequenas histórias bastante variadas e com carga emocional intensa.

“Flores e Borboletas em meio século de poesia”, SP: ed. Scortecci, 2019. Esse livro foi lançado recentemente, em São Paulo, Belo Horizonte e Três Pontas. Vem sendo um grande sucesso e já está na segunda edição. É um belo livro de poemas que celebra meus 50 anos de vida, que completei este ano. A obra celebra a vida e homenageia meus ancestrais, um livro de agradecimento. E ainda um grito de denúncia e indignação.

“O sapo Jererê e suas aventuras”, SP: ed. Scortecci, 2019. Um lindo livro de história infantil, minha estreia na modalidade, que conta a história de um simpático sapo. As crianças têm gostado muito.

Quais seus próximos projetos literários?

O terceiro livro de poesias, que já estou escrevendo; participação em antologias e feiras literárias; divulgação dos livros acima citados, e a produção de outro livro infantil.

Como você analisa o mercado editorial brasileiro?

Como todos os setores, também o de livros sofre com a atual realidade do país. Mas o mercado editorial não está estagnado. Livros estão sendo produzidos, há muitos novos escritores buscando um lugar ao sol. Há que se encontrar meios diversos de publicação e divulgação, novas formas de atrair os leitores, mais que isso, formas de se conquistar e ganhar os leitores.

Como você divulga os seus livros?

Nas feiras literárias que participo e através das redes sociais, de forma bastante intensa e presente e direta com os leitores.

O que a levou a apoiar o Mais Leitura? Como vê a ideia de trocar livros por alimentos e também de difundir a leitura entregando livros para quem ama ler, mas não pode comprá-los?

Tenho muitos livros porque leio bastante. Penso que o livro tem que circular. Não pode ficar parado em uma estante. Muitas pessoas desejam ler. Parabenizo a iniciativa, acho de extrema importância, possibilitando que pessoas que não têm condições de adquirir o livro, possa ter acesso a eles. O trabalho de vocês une: alimento para o corpo e para a alma, coração. Outra boa forma de acesso são as bibliotecas. Por isso, sempre doo também para bibliotecas.