Entrevista com Eloísa Ávilla

Além de escritora, quais suas outras atividades?

Além de escritora sou contadora de histórias e artesã em massa de biscuit (porcelana fria).

Quando você começou a escrever livros? E quando publicou o primeiro?

Comecei a escrever e publiquei o meu primeiro livro, “O livro que não tem fim... Inspiração”, em 2015.

Fale-nos um pouco dos livros que você lançou.

Lancei o primeiro livro, “O livro que não tem fim...Inspiração”, com o objetivo de semear a solidariedade. Afinal, a narrativa é a mistura da minha imaginação com a realidade, em que a fadinha Kiki com a ajuda do beija-flor Zip inspiram a tia Elô a criar o projeto Lápis da Solidariedade: inspiração para escrever lindas histórias... Os lápis têm ponteiras de artesanato em massa de biscuit. Recebo apoio do material da Hidrelétrica de Igarapava; confecciono as ponteiras e as envio em doações aos bazares de hospitais e entidades beneficentes.

Em 2018, a Hidrelétrica de Igarapava criou o projeto Oficina de Leitura e um dos recursos foi o lançamento na Bienal Internacional do Livro de São Paulo do livro para colorir “Rio Grande-Berçário de Peixes”. A narrativa conta a história de uma “peixinha” que queria desovar no Rio Grande, promove o aprendizado de como nascem os peixinhos e o conhecimento sobre a piracema.

Na Semana do Meio Ambiente deste ano, lançamos o título “Saci-Pererê e a fada da consciência ecológica”. A narrativa é uma aventura do Saci-Pererê que escapa do livro Reinações de Narizinho e vem espalhar lixo no rio. O livro promove um aprendizado em relação aos cuidados com o lixo na mata ciliar e à coleta adequada de resíduos sólidos.

No início da primavera deste ano lançamos “Abelhas e micos em perigo”. Uma narrativa que apresenta a importância das abelhas nativas.

Qual o seu objetivo como escritora?

Quando publiquei o primeiro livro o meu objetivo era somente semear a solidariedade por meio do trabalho voluntário com os lápis da solidariedade, agora agregado aos valores solidários escrevo também narrativas voltadas à Educação Ambiental.

Você participa de vários projetos sociais. Conte-nos sobre eles.

Participo de alguns projetos sociais com doações de lápis da solidariedade e de livros de minha autoria. Conto histórias e ao mesmo tempo confecciono as ponteiras de lápis em biscuit.

Alguma nova publicação prevista para os próximos meses?

Estou escrevendo um livro de poesias e espero lançar na Bienal Internacional do Livro - São Paulo, em 2020.

Como você analisa o mercado editorial brasileiro?

Mesmo em queda no mercado editorial, parte da população são fiéis à leitura impressa, com cheiro de livro novo ou com marcas do tempo. Portanto, a tendência será sempre favorável à importância cognitiva de manusear um livro.

O que a levou a ajudar o projeto que está sendo desenvolvido em São Lourenço? Como vê a ideia de trocar livros por alimentos e também de difundir a leitura entregando livros para quem tem interesse pela leitura, mas não pode comprar?

Primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo projeto. Jamais imaginei que as minhas palavras pudessem ser trocadas por alimentos. Quando publiquei o livreto “O livro que não tem fim...Inspiração” foi com o objetivo de semear a solidariedade nas pessoas, para que pudessem apoiar ou criar seus próprios trabalhos voluntários. A ideia de trocar livros por alimentos é espetacular, pois sacia a fome de duas necessidades primordiais para o ser humano, alimentar o corpo e a alma.