Entrevista com Giovanna Vidoto

Conte-nos um pouco da sua trajetória.

Tenho 22 anos e sou formada em jornalismo. Sempre fui incentivada a ler pela minha avó, mas só engatei na leitura depois que ela morreu quando eu tinha 14 anos. Fiquei com uma herança de vários mundos sem sair de casa, e sem imaginar que, tempos depois, transformaria tudo isso em minhas próprias palavras.

Além de escritora, você tem outras atividades profissionais?

Jornalista. E psicóloga nas horas vagas... kkkk

Quando começou a sua paixão pelos livros?

Minha avó me emprestou o primeiro livro que li sem ser para a escola. Eu tinha uns 12 anos, mas li e deixei de lado. Na época, eu não tinha muito interesse na literatura. Hoje, comprei esse livro antigo como memória, “Quem mexeu no meu queijo?”. Depois da morte dela, passei a ler esporadicamente. Mas houve um dia que eu nunca esquecerei. Eu estava na sala de aula, tendo aula de português. Havia um livro rosa em uma carteira no fundo da sala e eu o peguei. “Fazendo Meu Filme”, dizia a capa. Abri e comecei a ler. Todos ao redor desapareceram pela primeira vez e mergulhei em um livro viajando naquela história. Foi ali que viciei de verdade e passei a ler todos os dias.

Quais livros você já publicou?

Já publiquei quatro livros. “A Fotografia”, “Entre o Céu e o Inferno”, e a duologia “Transformando o Destino” e “Fantasmas do Passado”.

Como é a sua experiência com e-books? Como tem sido o retorno do público?

Publiquei meus livros em e-books como forma mais acessível para mim e também para os leitores. Gosto bastante como é possível ter autonomia e independência para editar e colocar o preço que desejar. Além de fazer promoções ou dias gratuitos para os leitores. Tenho mais retorno em meses sim, meses não. É instável, mas há sempre comentários positivos e contribuintes no meu Instagram.

Você tem a intenção de partir para os livros impressos?

Tenho. Meu sonho sempre foi publicar livro físico, mas ainda não foi possível. É difícil ingressar como autora desconhecida e iniciante no mundo literário e que alguma editora olhe para você.

Qual conselho você daria para quem está querendo publicar o primeiro livro?

Publicar de forma independente é a melhor forma para começar. Claro que eu ainda estou começando também, mas é importante não desistir. Escreva sobre o que gosta e tente ser visto.

Como você analisa o mercado editorial?

Complicado e seletivo. Tentar uma editora tradicional é ficar preparado para sentar e esperar por uma resposta. E muitas vezes o “não” vem com força. Mas a internet facilitou bastante e, plataformas como a Amazon ajudam bastante para quem quer expor sua obra sem custo. E pode colocar à venda por um preço baixo (ou o quanto desejar cobrar).

Algum novo projeto para 2020?

Estou escrevendo um novo livro, “Monarca”. Esse livro vai contar a história de duas irmãs, Samanta e Manuela. Até que Samanta é sequestrada e apenas Manuela continua procurando por ela anos depois. Está na metade da escrita e ainda este ano vou publicá-lo na Amazon também.