Entrevista com Michelle Zanin

Conte-nos um pouco das suas atividades profissionais.

Sou jornalista de profissão, escritora de coração, presidente fundadora da ALUBRA, entidade sem fins lucrativos que visa fomentar a cultura e a ciência brasileira. Escrever é o que me define, o que me move diariamente. Tenho quatro livros solos publicados, um em coautoria, publicações em mais de 50 trabalhos internacionais e nacionais.

Quando surgiu a vontade de escrever livros? E quando publicou o primeiro?

Escrevo desde a infância, comecei meus primeiros rascunhos com aproximadamente 7 anos de idade, no começo tudo era novidade e brincadeira para mim, fui decidir me profissionalizar aos 16 anos e publiquei minha primeira obra intitulada “Vida” em 2012.

Quais livros você lançou?

Sou uma autora versátil, assim me considero, não me prendo à divisões literárias, escrevo poemas, contos, romances e gêneros jornalísticos, e afirmo, que isso se traduz na minha obra. Meus dois primeiros livros – filhos - “Vida” e “Metáforas” são de poesia, o terceiro rebento, “Asseverações” é um livro infantil de poemas e o quarto, “Santa Lúcia: A pérola do interior paulista” é um livro jornalístico.

Quais seus próximos projetos literários?

Trabalho constantemente, tenho alguns manuscritos terminados, que espero em breve, poder compartilhar com o público. Estou terminando um livro jornalístico que retrata a história da aclamada “União Espírita Paschoal Grossi”, esse projeto está previsto para ser publicado no primeiro semestre de 2020. Ficarei feliz em posteriormente divulgá-lo com vocês!

Como você analisa o mercado editorial brasileiro?

O mercado literário brasileiro, se comparado a outros países, é pobre e carente de leitores, ainda irá crescer e agregar, está em formação. Sempre me dizem que o brasileiro é um dos povos mais criativos, e eu comprovo isso ao analisar o número de novas publicações nacionais que surgem a cada ano, mesmo em um mercado instável. Brinco, afirmando, que em breve teremos mais autores do que leitores, mas também me preocupo, pois há muitas editoras comerciais, que visam somente o lucro, publicando materiais de baixa qualidade gramatical e moral, o que acaba por denegrir a imagem do autor nacional. Penso que antes de ser publicado, um livro tem que ser editado e seu conteúdo analisado, infelizmente, virou moda escrever e publicar um livro, então, muitos amantes da leitura acabam colocando obras no mercado gramaticalmente pobres e cujo conteúdo é inescrupuloso.

Como você divulga os seus livros?

A divulgação literária é um dos grandes empecilhos do autor nacional, infelizmente só se é notado ao assinar com uma editora de renome e quando seu trabalho é divulgado em veículos de mídia tradicionais, que mantém grande parte da audiência. Por sorte, esse cenário está mudando, o mundo digital está demonstrando novas possibilidades de divulgação. Sou eclética ao divulgar meu trabalho, utilizo de redes sociais à publicações impressas, sempre tomando cuidado e verificando o conteúdo antes de divulgá-lo.

O que a levou a apoiar o projeto Mais Leitura?

Acredito e quero um mundo melhor para mim e as próximas gerações, afirmo que a mudança começa com pequenas atitudes. O ajudar o próximo tem que ser constante e natural, como respirar; quando soube do projeto Mais Leitura, tive a certeza que deveria e iria ajudá-lo. São pequenas ações cotidianas que irão transmutar nossa sociedade, criando uma nova, baseada nos alicerces de bem que hoje moldamos.