Entrevista com Miriam N. Dohrn

Fale-nos um pouco da sua trajetória.

Eu sempre li muito. Desde criança era incentivada pela minha mãe e minha avó, que eram professoras. Participei de várias oficinas literárias em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Comecei a escrever contos e, em 2015, me atrevi a iniciar a escrita de uma série chamada Detektis. O primeiro livro é o “Aprendiz de Detetive”, lançado no final de 2018. O segundo livro estou terminando e devo lançar até o final de 2020.

Qual a sua formação?

Sou jornalista formada pela PUCRS e mestranda em Design pela UFRGS.

Além de escritora, você exerce alguma outra atividade?

Sou servidora pública.

Quando começou a sua paixão pelos livros?

Desde muito cedo. Lembro de mim com três anos de idade ouvindo as histórias lidas pela minha mãe e minha avó. Eu queria logo ser alfabetizada para poder ler sozinha.

Quando você publicou o primeiro livro?

Em 2001, eu participei de um concurso literário no qual o meu texto foi selecionado e publicado em uma coletânea. Foi o meu primeiro livro.

Quais livros você já escreveu? Fale-nos deles.

Detektis é meu primeiro livro como autora única. Em março de 2020, tive o conto “Nunca suba lá” selecionado para participar da edição do livro Planeta Fantástico – Vol 2. Este livro é editado pela Editora Metamorfose, com a organização do escritor Duda Falcão.

Por que você decidiu escrever um romance que tem uma detetive como personagem principal?

Eu queria uma protagonista que fugisse do esteriótipo de donzela em apuros. Que fosse uma garota normal, insegura, mas que, mesmo com medo, age diante das adversidades. Alguém que tivesse curiosidade pela vida, pelos mistérios e que estivesse disposta e mergulhar em uma aventura atrás de respostas. Vejo tantos jovens sem curiosidade, sem disposição para buscar uma simples informação. Ficam esperando tudo mastigadinho. A personagem é o contrário disso. Ela tenta desvendar os enigmas da trama. Vai atrás de respostas.

Você usa figurinos inspirados em personagens em suas aparições em eventos, vídeos e ensaios fotográficos. Como surgiu a ideia de algo tão elaborado? E como tem sido a reação das pessoas?

O cosplay vem sendo usado por vários autores. É uma forma de chamar a atenção para a obra. Eu fui a vários eventos literários vestida de detetive. A reação é bem positiva. As pessoas gostam quando a fantasia invade o mundo real. Gera curiosidade, pessoas tiram fotos comigo e postam nas redes sociais, chama a atenção da mídia. É bem legal!

Como tem sido a receptividade do público ao livro?

O público mostra-se bem receptivo. Como grande parte dos autores de ficção, não posso viver da escrita. É algo quase inviável no Brasil. Pouquíssimos conseguem viver só da venda dos livros. Mas, dentro do que é esperado para uma autora iniciante, estou bem contente com o reconhecimento.

Quais prêmios você já recebeu pelas suas obras?

Em 2001, recebi o prêmio Destaque do concurso Habitasul Revelação Literária. Em 2019, fiquei entre os três finalistas do Prêmio Odisseia Literária.

Algum novo projeto literário para os próximos meses?

Ainda neste semestre deve ser lançado o livro Planeta Fantástico volume 2, no qual participo com o conto “Nunca suba lá”. Espero lançar, até o final de 2020, o segundo livro da série Detektis.