Entrevista com Wanda Alves

Qual a sua trajetória?

Nasci em Cordeiros, Sul da Bahia. Aos 2 anos de idade mudei com a família para Vitória da Conquista vivendo lá infância e adolescência. Aos 12, escrevi um livro de contos em um caderno escolar, que infelizmente se perdeu. Foi a minha primeira experiência com a escrita. Seis anos depois ingressei na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Completando os estudos, fui para o Rio de Janeiro onde passei a morar por quatro anos, mudando posteriormente para São Paulo. Atualmente, resido em São Lourenço.

Como você se inspira para escrever?

Preciso de certa organização. Somente o faço quando as tarefas e afazeres domésticos estejam sem pendências e o escritório absolutamente limpo, organizado, arrumado e iluminado. Nos últimos anos, fui me aprofundando mais em leituras ligadas aos assuntos espiritualidade e psicologia. Um escritor precisa ler muito, e com isso tem a oportunidade de conhecer vários autores. Eu precisaria ler mais, me cobro muito isso, mas nem sempre é possível. A cada momento ou fase, cabe um poeta, ou um poema. Aprecio Florbela Espanca, Cecília Meireles, Baudelaire, Rilke, Walt Whitman entre muitos outros. Se possível fosse, escolheria alguns poemas de cada poeta e construiria o meu poeta predileto.

Quais livros você já escreveu?

“Benditação”, “Dos Resíduos”, “Echo”, “Energia em Ação”, “Entressafra”, “Fronteiras, Mergulhos e Reflexões”, “Gemido Íntimo”, “Identidade”, “O Quintal Iluminado”, “Outros Olhares”, “Para Onde Nos Leva a Paixão”, “Sem Rede de Proteção”, “Subtexto”, “Têmpera” e “Só Estarei Onde Meu Coração Estiver”.

E o seu trabalho como atriz?

Atuar sempre foi uma grande realização para mim. Ambas são faces de mim mesma, e se eu não atuasse, creio que perderia uma parte essencial minha. Experimento emoções e sentimentos novos e desconhecidos quando interpreto personagens no palco. Acredito que acolher várias emoções, às vezes tão contraditórias, nos dá a medida exata da nossa condição humana, e do quanto podemos aprender com elas. Como pesquisadora da alma e do comportamento humano, eu teria mesmo que me identificar e escolher a carreira de atriz. Para mim, Arte Dramática é a que mais rapidamente captura a emoção do espectador.

Qual a sua opinião sobre o Mais Leitura?

Acho um projeto valioso e necessário.